Sobe o pano
Para mais um acto
Das muitas peças
Que a vida me
pregou.
Cada desengano
É mais um facto
Para que não
esqueça
Quem sou:
- Um eterno sonhador
Que não vive sem
amor.
Sou o realizador
De um teatro real,
Mas não planeio a
dor
Que me persegue,
Meu mal.
Recordo o que vivi
Sem medo de arriscar
E penso que não
sofri
Nas agora está a
mudar.
Sempre consegui
Fugir e magoar
Mas agora eu perdi
E só desejo ficar
Ao lado de quem
consegui,
Sentir, num pequeno
bocado,
Aquilo que nunca
senti
No meu anterior
triste fado.
E se minha sina era
Encontrar a minha
remissão,
Se do passado nada
perdera,
Meu futuro não é
ilusão.
E só preciso
De um sorriso
A alegria do “sim”
Porque senão
Pode ser o fim.
E o pano cai
O sangue se esvai
E o que podia ser
Uma feliz comédia
Acaba em tragédia.